Segundo o Banco de Moçambique (BM), este resultado deveu-se à redução, em 9,2%, do défice da Conta Corrente (CC), que se fixou em 2,757 milhões de dólares.
De acordo com os dados sobre a balança de pagamentos e posição de investimento internacional para o período em referência citados pelo “Notícias”, mostram que, a conta de capital contribuiu negativamente para o saldo conjunto, em face da contração do saldo superavitário de 94,6 milhões para 24,9 milhões de dólares, explicado pela diminuição da ajuda externa ao país.
O abrandamento do défice da CC é justificado pela redução do défice da conta parcial de bens em 5,8% (determinado pelo aumento das receitas de exportação, em 37,7%, antes o aumento da factura de importação, em 19,3%) e pelo incremento do saldo positivo dos rendimentos secundários (transferências correntes) em 54,7%.
Por seu turno, dados da Conta Financeira (CF) apontam para entrada líquida de recursos financeiros na ordem de 2 428, 2 milhões de dólares, menos 4,7% em relação a igual período de 2020.
Este cenário é devido à diminuição na contratação líquida de passivos sob a forma de Outro Investimento, em mais de 100%, num contexto em que o fluxo de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) fixando-se em 4,590 milhões de dólares.
Como resultado das transacções entre Moçambique e o resto do mundo, o balanço entre a CC e CF apresentou um saldo global deficitário de 303,3 milhões de dólares, o que culminou com o desgaste de activos de reserva em 192,5 milhões.
O saldo das reservas internacionais brutas, a 30 de Setembro de 2021, situou-se em 3 838,3 milhões, o suficiente para cobrir 5,3 e 7,8 meses de importação de bens e serviços, incluindo e excluindo grandes projectos, respectivamente.